quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
CONCLUSÃO
A partir desse estudo, é visível perceber a influencia que esta e outras obras de Mies van der Rohe tiveram para a arquitetura moderna da época. Como qualquer grande obra, seja de arquitetura, pintura ou escultura, a Farnsworth House possui suas controvérsias, mas não se deve negar o fato de que sua construção inspirou a arquitetura a utilizar novos materiais e a integrar os espaços de uma forma simples e clara.
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
OBJETO PARA SI II
· Discussão sobre a existência ou não de um Programa de Necessidades
Essa discussão surgiu quando percebemos que existia um problema quanto à privacidade no projeto. A principio, pensávamos que tivesse acontecido um erro gravíssimo por parte de Mies, pois um dos motivos da saída da proprietária, Edith Farnsworth, foi a constante falta de privacidade existente no pouco período de sua permanência.
Ao estudarmos as outras obras do arquiteto, vimos que na maioria de seus projetos, como no Crown Hall e na casa Tugendhat, Mies já havia se preocupado com o bem estar das pessoas e suas necessidades, e, na Farnsworth, isso não aconteceu. Mies conseguia manter a fluidez dos espaços e a iluminação natural proporcionada pelos vidros, mas sempre se preocupando em resguardar quem estava no interior da edificação.
O mesmo não foi feito na Farnsworth por falha do arquiteto¿ Displicência da cliente¿ Ou será que houve um acordo da parte de ambos e só depois a proprietária se deu conta da importância da privacidade em uma residência¿ Podemos pensar também que, no período da construção da casa, talvez não houvessem tantas edificações próximas, e assim, Mies e Edith não se preocuparam tanto com a privacidade neste projeto.
São quatro opiniões divergentes, mas que entram em consenso na idéia de que, no final das contas, a privacidade não foi preservada. A partir dessa discussão pensamos em sugestões para solucionar este problema:
Na primeira, baseando-se na solução encontrada por Lina Bo Bardi na sua casa de vidro, pensamos em elevar a Farnsworth sob pilotis, mas fazendo uso do pavimento térreo, assim, as pessoas que estariam no nível do terreno não teriam campo de visão suficiente pra enxergar o interior.
Na segunda, pensamos que a idéia de um espelho d´água evitaria a proximidade das pessoas com a casa, distanciando o olhar curioso destas, e assim preservando a privacidade da residência.
Essa discussão surgiu quando percebemos que existia um problema quanto à privacidade no projeto. A principio, pensávamos que tivesse acontecido um erro gravíssimo por parte de Mies, pois um dos motivos da saída da proprietária, Edith Farnsworth, foi a constante falta de privacidade existente no pouco período de sua permanência.
Ao estudarmos as outras obras do arquiteto, vimos que na maioria de seus projetos, como no Crown Hall e na casa Tugendhat, Mies já havia se preocupado com o bem estar das pessoas e suas necessidades, e, na Farnsworth, isso não aconteceu. Mies conseguia manter a fluidez dos espaços e a iluminação natural proporcionada pelos vidros, mas sempre se preocupando em resguardar quem estava no interior da edificação.
O mesmo não foi feito na Farnsworth por falha do arquiteto¿ Displicência da cliente¿ Ou será que houve um acordo da parte de ambos e só depois a proprietária se deu conta da importância da privacidade em uma residência¿ Podemos pensar também que, no período da construção da casa, talvez não houvessem tantas edificações próximas, e assim, Mies e Edith não se preocuparam tanto com a privacidade neste projeto.
São quatro opiniões divergentes, mas que entram em consenso na idéia de que, no final das contas, a privacidade não foi preservada. A partir dessa discussão pensamos em sugestões para solucionar este problema:
Na primeira, baseando-se na solução encontrada por Lina Bo Bardi na sua casa de vidro, pensamos em elevar a Farnsworth sob pilotis, mas fazendo uso do pavimento térreo, assim, as pessoas que estariam no nível do terreno não teriam campo de visão suficiente pra enxergar o interior.
Na segunda, pensamos que a idéia de um espelho d´água evitaria a proximidade das pessoas com a casa, distanciando o olhar curioso destas, e assim preservando a privacidade da residência.
Maquete
Materiais:
- Vidros: Acetato 0.7 mm
- Estrutura das tubulações internas: Sanduiche de esponja, material fácil de cortar, fácil de colar e que depois de prensado se torna rígido (material muito usado em revestimento acústico) (fixado: cola de biscuit) .
- Pilares em I: Sanduiche que Papel Paraná com um palito de churrasco entre eles (o palito de churrasco foi lixado para se adequar a escala e a forma da peça)
- Escadas: Piso de Papel Paraná e estrutura de palitos de churrasco (fixado com cola maluca)
- Pintura da casa: Cola Branca de PVC - 2 de mãos (esse tipo de cola não diminui a qualidade do Papel Paraná e não necessita ser emassado antes da pintura)
- Cortinas: Papel manteiga ( Sanfonamos o papel para dar mais veracidade ao objeto)
- Base: Isopor 2 cm
- Grama: Zip Floc - cor verde (fixado: com cola de isopor - espalha a cola, penera o pó, depois de alguns minutos tira o excesso e, se necessário for, repetir o procedimento).
- Árvores: Galhos secos de Mini Laque
OBJETO PARA SI
· Discussão sobre o Conforto Ambiental da residência
A Farnsworth é uma casa somente de veraneio¿ Ou será que esse título foi dado a ela porque as pessoas só conseguiriam habitá-la em pequenos períodos do ano¿
O fato de a casa ser muito fria no inverno, muito quente no verão e alagar em alguns períodos do ano, dificulta a sua habitação. No verão pode-se considerar uma estufa, pois a incidência de luz e a pouca proteção da casa em esquadria de vidro, permite a entrada do calor sem exaustão do mesmo. No inverno, o sistema de aquecimento se torna caríssimo, pois os vidros deixam o frio entrar e devido à calefação o mesmo fica embaçado, impossibilitando a visibilidade da atração principal da obra, a paisagem.
Outro problema em relação ao conforto são as inundações constantes. Mies elevou a casa a 1,6m do solo pensando nas possíveis variações de nível do rio Fox. Mas hoje a casa é inundada em até mais da metade do seu pé-direito.
Será que Mies falhou em não prever que ao longo do tempo o nível do rio aumentaria¿ Ou será que era difícil prever a principal causa dessas inundações: o crescimento de construções ao redor¿
Achamos que, as condições atuais do clima estão mais agressivas do que naquela época, tornando difícil, até hoje em dia, prever certos tipos de manifestações da natureza. Então não culpamos completamente o arquiteto pela sua possível visão, e sim tentamos pensar em maneiras de solucionar o problema, como o possível reposicionamento da obra no terreno, ou, até mesmo, a sua mudança para um lugar seguro que garanta a sua longevidade.
A Farnsworth é uma casa somente de veraneio¿ Ou será que esse título foi dado a ela porque as pessoas só conseguiriam habitá-la em pequenos períodos do ano¿
O fato de a casa ser muito fria no inverno, muito quente no verão e alagar em alguns períodos do ano, dificulta a sua habitação. No verão pode-se considerar uma estufa, pois a incidência de luz e a pouca proteção da casa em esquadria de vidro, permite a entrada do calor sem exaustão do mesmo. No inverno, o sistema de aquecimento se torna caríssimo, pois os vidros deixam o frio entrar e devido à calefação o mesmo fica embaçado, impossibilitando a visibilidade da atração principal da obra, a paisagem.
Outro problema em relação ao conforto são as inundações constantes. Mies elevou a casa a 1,6m do solo pensando nas possíveis variações de nível do rio Fox. Mas hoje a casa é inundada em até mais da metade do seu pé-direito.
Será que Mies falhou em não prever que ao longo do tempo o nível do rio aumentaria¿ Ou será que era difícil prever a principal causa dessas inundações: o crescimento de construções ao redor¿
Achamos que, as condições atuais do clima estão mais agressivas do que naquela época, tornando difícil, até hoje em dia, prever certos tipos de manifestações da natureza. Então não culpamos completamente o arquiteto pela sua possível visão, e sim tentamos pensar em maneiras de solucionar o problema, como o possível reposicionamento da obra no terreno, ou, até mesmo, a sua mudança para um lugar seguro que garanta a sua longevidade.
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