terça-feira, 1 de dezembro de 2009

OBJETO PARA SI II

· Discussão sobre a existência ou não de um Programa de Necessidades

Essa discussão surgiu quando percebemos que existia um problema quanto à privacidade no projeto. A principio, pensávamos que tivesse acontecido um erro gravíssimo por parte de Mies, pois um dos motivos da saída da proprietária, Edith Farnsworth, foi a constante falta de privacidade existente no pouco período de sua permanência.

Ao estudarmos as outras obras do arquiteto, vimos que na maioria de seus projetos, como no Crown Hall e na casa Tugendhat, Mies já havia se preocupado com o bem estar das pessoas e suas necessidades, e, na Farnsworth, isso não aconteceu. Mies conseguia manter a fluidez dos espaços e a iluminação natural proporcionada pelos vidros, mas sempre se preocupando em resguardar quem estava no interior da edificação.

O mesmo não foi feito na Farnsworth por falha do arquiteto¿ Displicência da cliente¿ Ou será que houve um acordo da parte de ambos e só depois a proprietária se deu conta da importância da privacidade em uma residência¿ Podemos pensar também que, no período da construção da casa, talvez não houvessem tantas edificações próximas, e assim, Mies e Edith não se preocuparam tanto com a privacidade neste projeto.

São quatro opiniões divergentes, mas que entram em consenso na idéia de que, no final das contas, a privacidade não foi preservada. A partir dessa discussão pensamos em sugestões para solucionar este problema:

Na primeira, baseando-se na solução encontrada por Lina Bo Bardi na sua casa de vidro, pensamos em elevar a Farnsworth sob pilotis, mas fazendo uso do pavimento térreo, assim, as pessoas que estariam no nível do terreno não teriam campo de visão suficiente pra enxergar o interior.

Na segunda, pensamos que a idéia de um espelho d´água evitaria a proximidade das pessoas com a casa, distanciando o olhar curioso destas, e assim preservando a privacidade da residência.

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