quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Curiosidades e Controvérsias




Neste post vamos falar sobre as dimensões da casa e sobre uma curiosidade em relação à sua história. A fonte que aborda a curiosidade a seguir foi também autora do texto, então, vale ressaltar que estamos apenas repassando uma história que pode ou não ser verídica, mas que não deixa de ser curiosa.

Sobre as Dimensões:

Essa casa de um único ambiente está localizada na superfície plana de um prado em meio a grandes árvores. A parte habitada dá para o rio (o Fox) que delimita o terreno ao sul. As lajes da cobertura e do piso são sustentadas por uma série de pilares metálicos e as fachadas são de vidro.
Um núcleo central de madeira natural contém as instalações sanitárias e cria a separação entre a cozinha, os dormitórios e a sala de estar. A casa se prolonga em direção ao prado por um terraço, e os diferentes níveis se comunicam de degraus.
Os degraus, o terraço e o piso são revestidos de placas de travertino de 2 × 3 pés. Os elementos metálicos são pintados de branco. As áreas envidraçadas são guarnecidas de cortinas de xantungue cru.
As dimensões da casa são de 77 × 29 pés. A plataforma do terraço mede 55 ×22 pés, e o pé direito da construção é de 9½ pés. O espaçamento dos pilares é de 22 pés.

Fonte: www.fag.edu.br/professores/solange/.../MIES/Mies_Fabiano.ppt

Quanto às Controvérsias:

¨Em 1946 a física Edith Farnsworth encomenda a Mies van der Rohe uma casa de fim de semana que fosse "arquitectura séria". Pouco tempo depois Mies apresenta-lhe os primeiros esboços daquele que viria a tornar-se um polémico ícone do modernismo. A casa foi desenhada segundo um conceito que começara a ser desenvolvido num projecto que nunca sería construído, chamado Resor House. A casa Farnsworth foi o culminar deste tipo de experiência no desenho de casas.
Além da imensa paixão que transpira da joia de vidro e aço que é esta casa, há uma história de amor e ódio entrelaçada com a sua criação, que não resisto a contar.
Os planos da casa que Mies apresentou a Edith Farnsworth revelavam o resultado prático do lema do arquitecto: "Less is More". A casa, que aínda é possível ver actualmente, consiste em duas placas de betão, suportadas por oito vigas de aço. Todo o chão está suspenso destas vigas, como se a casa flutuasse sobre o solo que ocupa. A cobertura é uma placa igual à do chão, absolutamente paralela àquela. Todas as paredes são de vidro e não há divisões internas, à excepção de uma estrutura que suporta a área da cozinha, espaço de arrumação e uma casa de banho. O acesso faz-se por um elegante conjunto de degraus que leva ao pequeno terraço da entrada, também coberto.
A doutora Farnsworth aprovou os planos, mas parece que se apaixonou tanto pela obra quanto pelo autor. Foram precisos quatro anos de trabalho para executar um plano que parecia tão simples. Consta que durante esse periodo a sua relação se aprofundou. Os seus encontros eram frequentes e longos, muitas vezes na própria obra. A perfeição com que o projecto foi sendo executado é seguramente fruto de uma profunda paixão, resta saber se artistica, se amorosa.
Quando tudo ficou concluído, Mies deu a Edith as chaves da sua nova casa e a conta do projecto. Consta que se tornou indisponível. Seria para arrefecer o romance ou por se sentir constrangido pelo elevadíssimo valor da factura: 73.000 dólares, o equivalente actual a cerca de 100.000 contos?
Edith Farnsworth processou o arquitecto pelo elevado preço, mas o facto de ter acompanhado tão intensamente a construção pesou contra si e perdeu o processo. Depois escreveu vários artigos contra a casa e contra Mies. Dizia que viver naquela casa não era bem o mesmo que contemplar os seus planos, que as contas de aquecimento eram exageradas, etc, etc.

Irritada com o arquitecto (ou talvez despeitada) disse a quem a quis ouvir, que: "Less is not more. It is simply less!"


Texto e Fonte por: http://arrumario.blogspot.com/2005/07/casa-farnsworth-mies-van-der-rohe.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário