
Talvez devêssemos, portanto, falar de um templo e não de uma casa. Por regra, todas as casas que os grandes arquitectos do modernismo projectaram para os seus clientes foram pouco funcionais e excessivamente caras.
O certo é que nenhum as trocaria por uma banalidade 100% funcional. No caso de Edith, a decepção e a raiva acabaram por falar mais alto “ É o coração que tem razões que a própria razão desconhece… Em 1968, a médica vendeu a propriedade, reformou-se e foi viver para os arredores de Florença, finalmente abrigada dos olhares indiscretos do mundo, por detrás das espessas paredes de um palácio.
A farnsworth é assim alugada para cerimônias de casamento, como se de um templo se tratasse e não de uma casa. Estranha ironia do destino!
Fonte de pesquisa: de Rui Campos Matos
escrito para o Diário de Notícias da Madeira, secção “Pequenas Casas, grandes arquitectos
publicado em 7 de Janeiro de 2007
Acessado em : http://www.sobrevoando.net/2007/uma-casa-de-vidro-de-rui-campos-matos/
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